A relação com a comida vai além de nutrir o corpo, podendo ser influenciada por emoções. Comer emocional e compulsão alimentar, porém, não são iguais.
Comer emocional ocorre quando emoções, como estresse ou alegria, motivam a busca por alimentos específicos, geralmente ricos em gorduras e açúcar.
Já a compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios frequentes de consumo excessivo de comida com sensação de perda de controle.
O limite entre a fome e a compulsão alimentar
Entender a diferença entre fome e compulsão alimentar é essencial para uma relação saudável com a comida. A fome é uma necessidade fisiológica do corpo para obter energia e nutrientes.
Ela se manifesta de forma gradual, com sinais como estômago roncando, sensação de vazio e redução de energia. A satisfação vem ao consumir a quantidade adequada de alimento.
A compulsão alimentar, por outro lado, é guiada por fatores emocionais e psicológicos, não pela necessidade física de comer. Em episódios de compulsão, há consumo rápido e exagerado de alimentos, mesmo sem fome, seguido de sentimentos de culpa ou vergonha.
Como identificar o limite?
- Sinais físicos x emocionais: A fome real é acompanhada de sinais físicos, enquanto a compulsão é desencadeada por estresse, ansiedade ou tristeza.
- Velocidade ao comer: Na fome, a pessoa tende a comer em um ritmo normal; na compulsão, o ritmo é acelerado e sem controle.
- Satisfação x arrependimento: Comer para suprir a fome gera satisfação, enquanto a compulsão leva ao arrependimento.
Buscando equilíbrio
Reconhecer os sinais do corpo e diferenciar fome de compulsão é um passo importante. Práticas como mindfulness, planejamento alimentar e terapia ajudam a criar uma relação mais consciente com a comida.
Consultar profissionais como nutricionistas e psicólogos pode ser essencial para quem enfrenta dificuldades nesse limite.
Dr. Samuel Melo
Psiquiatra em Belo Horizonte
CRM MG 82.790 | RQE 57.824